Firmezas de um terreiro...
Um Caboclo em Terras brasileiras
Mensagem recebida em 09 de agosto de 2006,
Médium Mãe Luzia Nascimento
Muito se tem ouvido falar nos meios umbandistas com relação às firmezas necessárias para um bom andamento dos trabalhos num terreiro de Umbanda. Logicamente que toda parte ritualística de uma Casa tem razão e função de ser, uma vez que a própria Umbanda tem fundamentos e é preciso preparar os mesmos como é falado em uma curimba de defumação. Porém, além das firmezas materiais que estão ligadas aos elementos de trabalho dos Orixás, Guias e Entidades e que são catalisadoras das energias necessárias para esses trabalhos, ora servindo como força agregadora de energias positivas, ora desagregando as negativas, há outra firmeza de fundamental importância.
E qual seria essa firmeza? A firmeza que me refiro meus filhos é a firmeza interior de cada médium de Umbanda. Mas como se dá essa firmeza? Se dá através da humildade, do exercício do amor ao próximo e da caridade prestada sem pedir ou esperar nada em troca. A firmeza interior trabalhada na humildade permite ao médium o esclarecimento de que ele não sabe tudo, que sempre estará em aprendizado, pois a Espiritualidade por mais que ensine ainda não deu a palavra final. Dessa forma o médium sempre estará acrescentando ao seu aprendizado ensinamentos novos, iniciando-se assim para ele sempre novas etapas, que devem ser ultrapassadas com muito respeito, amor, dedicação, renúncia e fé. A firmeza interior pautada no exercício do amor ao próximo fará o médium se ver novamente no lugar do outro que chega na Casa em busca de ajuda, auxílio, esclarecimento e compreensão como o próprio médium chegou um dia. A firmeza originada na caridade fará o médium entender que não deve julgar quem quer que seja e que muitas vezes ele sofrerá ingratidão e descrédito por parte de algumas pessoas ao verem seus pedidos negados pelas entidades de Umbanda que não barganham e nem trabalham contra as Leis de Deus. Se hoje meus filhos já caminharam mais um pouquinho, mais motivos tem para buscar o exercício dessa firmeza interior. Ser médium dentro do templo é muito fácil! O difícil é colocar-se como médium no dia-a-dia onde a sociedade pede muitas vezes uma postura não tão condizente com os ensinamentos de paz, amor e fraternidade deixados pelo Nosso Senhor Jesus Cristo. Lembrem-se filhos de fé, é através de vossas atitudes que o templo do qual você faz parte será representado, é através das vossas condutas que a Umbanda será mostrada a outras pessoas. Médium, sinônimo de ponte, meio, instrumento. Que o médium de Umbanda seja um instrumento dócil nas mãos de Pai Oxalá para que assim as bênçãos de amor e luz possam se fazer na Terra.
“Glória a Deus nas Alturas!”,"Paz na Terra aos homens de boa vontade".
2. Sobre a Passionalidade na Umbanda
Não devemos julgar, e pior do que isto, trabalhar em detrimento de quem quer que seja julgando a causa. Se tivermos um problema nas mãos, procuremos através da meditação, através da fé, o esclarecimento que seja específico. Imersos em emoções, não há quem se julgue errado, o adversário sempre está errado. O trabalho visando o bem, a caridade e evolução espiritual de todos é a premissa fundamental de todo umbandista. Muitos chegam ao terreiro dizendo-se vítimas de determinado trabalho ou perseguição, quando na realidade a pessoa está apenas colhendo o que plantou. No terreiro não podemos nos deixar envolver pelas palavras de quem nos procura, tomando suas “dores”. Devemos estar alertas e utilizar todos os recursos que a Umbanda nos dá para auxiliar o nosso irmão. Não podemos ser irresponsáveis e prometer “mundos e fundos” e que o problema da pessoa será resolvido, assim como estabelecer datas e prazos para a solução do mesmo. Isso além de ser uma inconseqüência é o cúmulo da vaidade. Nunca nos esqueçamos: somos médiuns, não deuses. O respeito às Leis Divinas inclui o respeito ao livre-arbítrio, pois ninguém carrega uma cruz maior do que pode suportar ou colhe algo diferente do que plantou.
O Vale Santa Sara Kali, de natureza privada e de objetivos filantrópicos sem fins lucrativos, foi fundada de fato em 24 de maio de 2008, como uma comunidade Religiosa Centro Espiritualista Cabocla Jurema C.E.C.J. e hoje Oca da Jurema e desde esta data vem dando assistência a comunidade Colina Verde e seu entorno, que diante da necessidade da comunidade e pelo trabalho que vem desenvolvendo foi registrado e criado a Associação Vale Santa Sara Kali- AVASSK nome da Padroeira da OJEM.
terça-feira, 3 de maio de 2011
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