Oferendas Para Orixás
Muitos médiuns vêm nos perguntar quais oferendas podemos dar no dia de determinado
Orixá.
Estaremos agora passando uma receita básica que pode ser utilizada para qualquer Orixá ou
Entidade.
· um pacote de amor, em pó, para que qualquer brisa possa espalhar para as pessoas que estiverem perto ou longe de você;
· um pedaço (generoso) de fé, em estado rochoso, para que ela seja inabalável;
· algumas páginas de estudo doutrinário, para que você possa entender as intuições que recebe;
· um pacote de desejo de fazer caridade desinteressada
· em retribuição, para não "desandar" a massa.
Junte tudo isto num alguidar feito com o barro da resignação e determinação e venha para o terreiro. Coloque em frente ao Congá e reze a seguinte prece:
"Pai, recebe esta humilde oferenda dada com a totalidade da minha alma e revigora o meu físico para que eu possa ser um perfeito veículo dos teus enviados. Amém."
Pronto! Você acabou de fazer a maior oferenda que qualquer Orixá, Guia ou Entidade pode desejar ou precisar... Você se dispôs a ser um MÉDIUM!
Mensagem ditada pelo Caboclo Pery
em 07 de outubro de 2002
É isso caro leitor, simples assim. É óbvio que existem oferendas representativas,
mas o principal, o que as entidades querem mesmo de nós é amor e dedicação. A predisposição em fazermos o bem e o fazermos da melhor forma possível.
Falo isto porque tenho conhecimento dos extremos, ou seja, existem médiuns dentro da
Umbanda que acreditam piamente que só através de oferendas é que conseguirão o seu
desenvolvimento e fazem isto com tanto freqüência e fé que acabam se “viciando” nesta prática, a si e a entidade ou entidades oferendadas. Que mal há nisso? Na realidade vejo dois grandes males. O primeiro é que num momento de real necessidade, sem poder dispor dos materiais necessários, o médium não consegue se harmonizar com a entidade, não consegue mentalizar, entrando às vezes até, em desespero,tornando assim a harmonização mais difícil ainda, quando com uma simples oração, conseguiria o
seu intento. Mas não o consegue por não estar habituado a fazer as coisas de maneira simples e espiritualizadas, ou seja, precisa da matéria. Outro mal que vemos é que a própria entidade fica “viciada”, apegada, a uma ritualística votiva
para se apresentar em sua plenitude. Na realidade é o que chamo de círculo vicioso, o médium não consegue se harmonizar e a entidade não “entende” a linguagem que o médium está falando, se não for através de oferendas. Não estou querendo dizer com isso que sou contra oferendas, estou querendo dizer que sou contra ao excesso delas.
É claro e óbvio que em determinados momentos elas são necessárias, mas não devem fazer parte do dia-a-dia do médium. Devem ser orientadas, explicadas e justificadas.
Sou absolutamente contra quem suja os reinos da natureza. Isto além de agredir a natureza, ser absolutamente desnecessário, ser exemplo de falta de educação, depõe contra a nossa religião, e a partir do momento que isto acontece, devemos nos manifestar e denunciar. O verdadeiro umbandista ao arriar as suas oferendas junto à natureza deve preocupar-se onde irá acender velas para evitar incêndios (a uma distância segura do tronco da árvore), não acender velas sobre pedras para não macular a vibração da pedra, além de sujar a pedra com a parafina da vela (acenda ao lado e se for primordial acender em cima, use um pires), levar sacos plásticos para colocar o lixo, tomar o cuidado de deixar tudo limpo ao final dos trabalhos.
Até porque o que oferendamos tem um tempo de validade energético, que é exatamente o
tempo que durar a nossa mentalização, depois de determinado momento, vira tudo lixo, literalmente lixo, então não tem porque permanecerem nos reinos sujando tudo.
Além de virar foco de atração de energia densa, desprovida de luz e acabar alimentando as hostes umbralinas. Algumas coisas podem ser reaproveitadas sim, outras não. O que puder ser reaproveitado deve ser recolhido e o que não puder deverá ser jogado no lixo. O que estamos querendo sugerir com essas considerações é que os irmãos umbandistas considerem sempre a lógica ao realizarem suas oferendas, e a primeira delas é: “Se considero a natureza como manifestação do Orixá aqui na Terra, vou preservá-la!”
TEXTO RETIRADO DO LIVRO - UMBANDA MITOS E REALIDADE
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